Projeto EPRIS distinguido em prémio ibero-americano

O projeto EPRIS, um programa pioneiro do Instituto Piaget de e-learning em contexto prisional, acaba de receber mais um prémio. Desta vez, a distinção partiu do júri do Prémio Óscar Arnulfo Romero que atribuiu o 2.º lugar ao EPRIS.

O prémio, que este ano teve a sua quinta edição, visa reconhecer o trabalho de instituições educativas, organizações públicas ou privadas, fundações e empresas de toda a região ibero-americana que promovam os direitos humanos. Este ano, foi dada uma especial atenção aos projetos implementados através da educação não formal.

O prémio Óscar Arnulfo Romero é uma iniciativa que se inscreve nas atividades da Rede Ibero-Americana de Educação para os Direitos Humanos e a Cidadania Democrática da OEI (Organização de Estados Ibero-Americanos).

A atribuição do 2.º lugar a nível nacional ao projeto EPRIS é mais um reconhecimento do seu carácter inovador, ao apostar no poder transformador da educação junto de pessoas socialmente excluídas, particularmente as mulheres reclusas que se encontram em situação de cumprimento de pena.

A garantia dos direitos destas mulheres e a promoção da sua participação cidadã democrática são metas para as quais o projeto EPRIS continua a contribuir convictamente.

Enquanto projeto de investigação-ação, está em desenvolvimento desde 2014, no Estabelecimento Prisional Feminino de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos. Explorando as potencialidades do e-learning, o EPRIS visa, na prática, ensinar as reclusas a usar computador e a tirar partido das tecnologias de informação com o objetivo de lhes dar ferramentas para a sua vida futura fora da cadeia.

Supera-te: um programa inovador de combate ao abandono escolar

O Instituto Piaget pôs em marcha um inovador programa de promoção do sucesso académico e redução do abandono escolar. Chama-se “Supera-te” e é financiado em 323 mil euros pela Direção-Geral do Ensino Superior, ao abrigo do programa Horizonte 2030.

O programa estará em vigor até junho de 2026, sendo aplicado nos quatro polos académicos: Almada, Silves, Vila Nova de Gaia e Viseu. Numa primeira fase, abrange 537 estudantes do Instituto, mais 37 que se encontram a fazer o programa Erasmus connosco. No total, serão abrangidos 3.400 alunos, incluindo uma quota significativa de estudantes internacionais, provenientes da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa.

“O projeto foi desenvolvido por uma equipa de professores e investigadores em diversas áreas e visa permitir que os estudantes alcancem altos níveis de sucesso académico. Este objetivo será alcançado com recurso a tecnologias inovadoras que permitirão a criação de modelos de previsão, assim como desenvolver recursos educacionais de acordo com as necessidades de cada estudante”, explica José Mendes, docente de Psicologia no Campus Universitário de Almada e coordenador-geral do “Supera-te”. 

Tão importante como promover o desempenho escolar, é conseguir que os estudantes apresentem um aumento significativo na autoconfiança e motivação, conseguindo assim alcançar o seu pleno potencial académico e pessoal.

Entre as ferramentas inovadoras está, por exemplo, o recurso à Inteligência Artificial para modelação preditiva. Isto é, com o objetivo de identificar e fornecer intervenções direcionadas para que os estudantes alcancem os seus objetivos.

O “Supera-te” assenta em três pilares de atuação: desenvolvimento de um sistema de previsão do insucesso ou abandono escolar; desenvolvimento de ações de prevenção e redução de abandono escolar; e desenvolvimento de ações de promoção do sucesso escolar.

O primeiro pilar de ação consiste no desenvolvimento de um sistema de previsão que permita sinalizar estudantes em risco de insucesso ou abandono escolar, através de um ambiente digital que permita a captura e análise de dados que considere o ciclo de vida do estudante no seu percurso académico, sobretudo no ano de chegada ao Instituto Piaget.

O segundo pilar visa encontrar respostas a causas de abandono, com o desenvolvimento de intervenções direcionadas para eventuais constrangimentos financeiros por parte dos estudantes, problemas de saúde mental ou de desempenho académico.

Finalmente, o terceiro pilar está orientado para a aplicação, por parte dos professores, de metodologias ativas e pedagogias inovadoras que ajudem a combater o abandono escolar e o insucesso académico.

Professores do Piaget participam em reunião do projeto europeu Arrowhead

Os professores Paulo Pinheiro e Luís Moreira participaram nos últimos dias em mais uma reunião do projeto Arrowhead, uma grande iniciativa europeia na área tecnológica.

O encontro decorreu na Universidade de Tecnologia e Economia de Budapeste, e os dois docentes estiveram presentes em representação do Grupo de Investigação em Tecnologia e Gestão do centro de investigação Insight – Piaget Research Center for Ecological Human Development.

Nestas sessões de trabalho, o Insight interagiu com vários representantes da indústria europeia, de setores como o automóvel, aeroespacial e petroquímico. Nestas interações com a indústria, discutiram-se vários casos de uso de interoperabilidade de dados envolvendo dados da Internet of Things (IoT) e múltiplos padrões de comunicação e modelos de dados.

Uma das grandes questões por trás destes casos de uso é o fato da interoperabilidade de dados se apresentar como um dos principais limitadores da integração de soluções dentro destes setores da indústria, bem como da integração de soluções que incluam indústrias de setores distintos.

O projeto Arrowhead está focado na criação de uma infraestrutura de tecnologia de informação para sistemas de automação industrial. O objetivo é duplicar a capacidade produtiva da indústria europeia.

O projeto conta com financiamento do programa Horizon 2030 e envolve a colaboração de 42 entidades de 9 países membros da União Europeia.

Os professores Luís Moreira e Paulo Pinheiro

DigiSaúde apresentado em reunião do projeto Erasmus+ GEMS

O projeto DigiSaúde – Saúde Digital Intergeracional foi recentemente apresentado na reunião transnacional do projeto Erasmus+ GEMS (Estratégia Geracional Multidirecional para Alfabetização Digital de Adultos).

A apresentação foi feita em Granada, a 22 e 23 de abril, pela APLOAD, no âmbito do protocolo estabelecido entre o Instituto Piaget e esta empresa de serviços e consultoria sediada na Maia.

O DigiSaúde foi então exposto como um exemplo de práticas inovadoras no contexto português, no que diz respeito a promoção da literacia digital de adultos seniores, particularmente no domínio da saúde e tendo em conta o seu carácter intergeracional.

O projeto prevê a implementação de uma série de atividades lúdico-pedagógicas dirigidas a adultos idosos, suportadas por dispositivos tecnológicos e recursos, que pretendem a construção de conhecimentos, aptidões e atitudes facilitadoras da promoção da saúde.

A dimensão diferenciadora do projeto, que é dinamizado pelo Instituto Piaget, assenta justamente no seu carácter intergeracional. Assim, envolve jovens estudantes enquanto agentes transformadores nos contextos reais da vivência dos adultos idosos, dotando-os também de competências que vão ao encontro da Nova Política Europeia da Juventude (2019-2027).

O DigiSaúde está enquadrado na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, preconizado pela ONU e, em particular nos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável 3 e 4, focados, respetivamente, na Saúde de Qualidade e na Educação de Qualidade.

Piaget é parceiro de grande projeto europeu na área tecnológica

O Instituto Piaget é uma das entidades parceiras do projeto Arrowhead fPVN. Trata-se de uma iniciativa de pesquisa e desenvolvimento com foco na criação de uma infraestrutura de tecnologia de informação para sistemas de automação industrial.

O projeto conta com financiamento do programa Horizon 2030 e envolve atualmente a colaboração de 42 entidades de 9 países membros da União Europeia, designadamente empresas de grande dimensão, empresas mais pequenas que dão suporte às grandes organizações, diversas universidades e centros de investigação.

O principal propósito deste projeto é criar um framework aberto e interoperável que permita a comunicação segura entre dispositivos e sistemas em ambientes de produção industrial, como fábricas, sistemas de energia e de transporte. O objetivo final não podia ser mais ambicioso: duplicar a capacidade produtiva da indústria europeia.

Como entidade parceira, o Instituto Piaget está envolvido diretamente na interoperabilidade dos modelos de dados destas indústrias, permitindo que a comunicação dos dados seja mais fluída.

Os nossos docentes Luís Moreira e Paulo Pinheiro com o
Prof. Jerker Delsing, da LTU – Luleå University of Technology, coordenador do projeto (ao centro), num encontro realizado em Luleå, no norte da Suécia

Diário britânico “The Guardian” publica reportagem sobre projeto da APDES

O jornal britânico “The Guardian” acaba de reconhecer o trabalho da APDES (Agência Piaget Para o Desenvolvimento) junto de consumidores de drogas na cidade do Porto.

O diário inglês publicou uma extensa reportagem sobre a primeira Sala de Consumo Assistido (SCA) de drogas instalada no Porto, no Bairro da Pasteleira, que é gerida por um consórcio liderado pela APDES, entidade parceira do Instituto Piaget.  

O título é sugestivo: “É melhor do que ficar pedrado na rua”: como Portugal descriminalizou as drogas – visto a partir do “centro de consumo”. O início da reportagem não lhe fica atrás: “Numa sala amovível no Porto, os toxicodependentes fazem fila para consumir heroína e crack em segurança, com pessoal médico à disposição. Poderão os outros países aprender alguma coisa com a política liberal de drogas de Portugal?”.

As Salas de Consumo Assistido são estruturas de redução de riscos em que as pessoas podem consumir substâncias psicoativas sob a supervisão e acompanhamento de profissionais de várias áreas. Entre os riscos visados destacam-se:

  • Prevenir as mortes por overdoses;
  • Garantir que os utilizadores de drogas o façam em condições seguras;
  • Aumentar os serviços de aconselhamento junto dos utilizadores;
  • Aumentar os cuidados de saúde junto destas populações;
  • Aumentar o número de encaminhamentos de pessoas para tratamentos da toxicodependência e para apoio psicossocial, se for o caso.

O projeto “Um Porto Seguro”, liderado pela APDES, contemplava atender 50 pessoas por dia naquele espaço, pretendo reduzir para metade os consumos de drogas na via pública, no espaço de um ano.

De acordo com o “The Guardian”, desde a sua inauguração, o centro do Porto registou 63 mil visitas de mais de 2 mil consumidores de drogas. Só se registaram duas overdoses, ambas tratadas com sucesso no local. O jornal destaca ainda os cerca de 1.500 rastreios efetuados e os 89 indivíduos que estão agora a receber tratamento para a hepatite C. Cerca de 10 pessoas entraram também em programas de desintoxicação por sua própria vontade.

A APDES é uma ONGD (Organização Não Governamental Para o Desenvolvimento) sem fins lucrativos, fundada em 2004, que tem como objetivo principal a melhoria do acesso à saúde, emprego e educação de comunidades e públicos em situação de vulnerabilidade, trabalhando para a capacitação de instituições e indivíduos, bem como para o reforço da coesão social. Beneficia, desde 2011, do estatuto de utilidade pública.

Versão integral da reportagem: https://www.theguardian.com/world/2024/jan/25/it-beats-getting-stoned-on-the-street-how-portugal-decriminalised-drugs-as-seen-from-the-shoot-up-centre

Foto publicada: Medicamentos no centro de tratamento da toxicodependência. Rita Franca/The Guardian

“Geração Bem Sénior” quer promover envelhecimento ativo

Geração Bem Sénior é o nome de um projeto proposto pelo Instituto Piaget e que é financiado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), através do Programa Nacional de Desporto para Todos (PNDpT).

Este projeto baseia-se na avaliação da aptidão física e psicológica dos participantes, a partir da oferta de exercício físico para indivíduos seniores.

O exercício físico é promovido com recurso a várias iniciativas desportivas, como o Futebol a Andar, e a dança – em particular, a Dança Tradicional e Popular Portuguesa.

O objetivo deste programa é promover a melhoria da qualidade de vida do sénior e o envelhecimento ativo e saudável, através da prática de exercício físico, de forma a favorecer a sua autonomia e a interação com o próximo.

Projeto EPRIS apresentado em Ciclo de Conferências em Psicologia

projeto EPRIS, um programa pioneiro do Instituto Piaget de e-learning em contexto prisional, abriu o Ciclo de Conferências em Psicologia promovido pela Faculdade de Psicologia, Educação e Desporto da Universidade Lusófona.

A coordenadora do projeto, a nossa professora Rita Barros, também responsável pela unidade de investigação RECI (Research Unit in Education and Community Intervention), aceitou o convite da comissão organizadora, apresentando uma conferência intitulada “Literacia digital em contexto prisional: o Projeto EPRIS”. A avaliar pelas questões e discussão gerada no final da apresentação, a conferência suscitou o interesse geral dos estudantes de Psicologia.

O EPRIS continua a ser um projeto inovador, com características únicas no contexto português, que merece ser divulgado, enquanto elemento de formação, junto de futuros profissionais da área das ciências sociais e humanas, nomeadamente da Educação e da Psicologia.

O projeto está em desenvolvimento desde 2014, no Estabelecimento Prisional Feminino de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos. Trata-se de um projeto de investigação-ação, que articula as questões da intervenção educativa com a investigação e produção científica, associada ao desenvolvimento de novos modelos pedagógicos, particularmente junto de populações em situação de vulnerabilidade e exclusão social, como é o caso da população prisional.

Explorando as potencialidades do e-learning, o EPRIS visa incentivar políticas centradas na atenuação de fatores de risco de exclusão social e laboral após o cumprimento da pena. Ou seja, procura-se ensinar as reclusas a usar computador e tirar partido das tecnologias de informação com o objetivo de lhes dar ferramentas para a sua vida futura fora da cadeia.

Projeto DigiSaúde em destaque no site da SPLS

Digisaúde é um projeto intergeracional de promoção da saúde de adultos seniores do concelho de Vila Nova de de Gaia, através da utilização de recursos digitais. O seu potencial foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) – que agora o divulga também no seu site, juntamente com outros projetos que se destacaram a nível nacional.

O projeto é promovido pela RECI, a unidade de investigação do Instituto Piaget em Educação e Intervenção Comunitária, com coordenação a cargo da Professora Rita Barros.

O DigiSaúde foi um dos 55 candidatos ao Prémio Nacional de Literacia em Saúde, instituído pela SPLS. Não venceu, mas a sua riqueza e valor permitiu que esteja agora em destaque no site da SPLS – que pode consultar no link https://splsportugal.com/events/projetos-nacionais-de-literacia-em-saude/.

Aqui encontra também um vídeo que explica, em pouco mais de 2 minutos, como o projeto está a ser posto em prática. Pode assistir diretamente ao vídeo clicando AQUI.

Projeto em Almada selecionado para o Programa FLAD/OPP 2023

Foram divulgadas hoje as instituições vencedoras da 2ª edição do concurso FLAD/OPP – Saúde Mental no Ensino Superior e o Instituto Piaget em Almada está entre as quatro eleitas.

A iniciativa da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD) é feita em parceria com a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e conta com o alto patrocínio da Presidência da República. O objetivo dos quatro projetos vencedores é contribuir para uma menor incidência dos problemas de Saúde Mental entre os estudantes.

Nós e os laços – Promoção da saúde mental no ensino superior é o nome do projeto apresentado pelo Instituto Piaget em Almada que contará agora com o financiamento da FLAD. A iniciativa envolverá várias valências do Campus, incluindo a Clínica Piaget, as licenciaturas em Desporto e Psicologia, a Escola Superior de Educação e a Associação de Estudantes. Estas valências contribuirão em diversas áreas, com ações específicas na promoção da saúde mental.

O objetivo geral do projeto é a redução do isolamento e o aumento do sentimento de pertença através do estabelecimento de relações significativas entre pares, com a comunidade académica e com a instituição. A iniciativa será co-construída com os alunos na fase de diagnóstico inicial que servirá para delinear as temáticas específicas a abordar, indo ao encontro das necessidades dos estudantes.

Segundo o júri, “este projeto foi apresentado por uma equipa pequena e por um serviço recentemente criado. Foram realistas no seu planeamento, aproveitando os recursos (humanos, de espaço e parcerias) já existentes. Apesar de se inserir num serviço recente, a equipa que propõe este projeto coloca o bem-estar dos estudantes no centro das suas preocupações considerando o contexto social e cultural onde se insere”.

As outras três instituições vencedoras foram a Universidade da Maia, a Universidade de Évora e a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto. A FLAD irá financiar em 105 mil euros os projetos selecionados. Pela primeira vez, o concurso também contemplou instituições de ensino superior privadas.